domingo, 7 de agosto de 2011

PROVA BRASIL: ATIVIDADES COMPLEMENTARES

E.M _______________________________________________________


NOME______________________ TURMA_________________

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Texto 2
A morte da tartaruga
O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino.
— Cuidado senão você acorda seu pai!
Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A mãe lhe prometeu um carrinho, uma bicicleta, lhe prometeu uma surra, mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, reclamando, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse:
— Está aí assim há meia hora, chorando que nem maluco. Não sei mais o que eu faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito.
O pai examinou a situação e propôs:
— Olha, Henriquinho. Se a tartaruga está morta não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e vem cá dentro com o pai.
O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto do tanque e seguiu o pai, pela mão. O pai sentou na poltrona, botou o garoto no colo e disse:
— Eu sei que você sente a morte da tartaruguinha. Eu também gostava muito dela. Mas vamos fazer pra ela um grande funeral. (Empregou de propósito a palavra difícil).
O menininho parou imediatamente de chorar.
— O que é funeral?
O pai lhe explicou que era um enterro.
— Olha, nós vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, muitas balas, bombons, doces e voltamos para casa. Depois botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha e rodeamos de velas, cantamos ―Parabéns pra você‖ para a tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que ela morreu.
— Isso é que é funeral? Vamos fazer isso!
O garotinho estava com outra cara.
— Vamos, papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá do céu, não vai? Olha, eu vou apanhá-la.
Saiu correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal.
— Papai, vem cá, ela está viva!
O pai correu pro quintal e constatou que era verdade. A tartaruga estava andando de novo, normalmente.
— Ela está viva! - disse o pai – Não vamos ter que fazer o funeral!
— Vamos sim, papai! – disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande – Eu mato ela!!!
Millôr Fernandes. Fábulas fabulosas.
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Imagine que essa fosse uma história ocorrida com você (um Relato Pessoal).
Como você escreveria o primeiro parágrafo?
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1- Por que no final da história, o menino decide matar a tartaruguinha? Explique a sua resposta.

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E se fosse com você? Como seria o final dessa história?
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2- O que há de parecido entre o final das duas histórias: ―O Melhor Amigo‖ e ―A Morte da Tartaruga‖? Explique.

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3- Agora, você irá comparar o texto de Fernando Sabino ―O Melhor Amigo‖ com o de Millôr Fernandes ―A Morte da Tartaruga‖. Veja o modelo:
Casas: As duas histórias acontecem nas casas das personagens: um menino conversa com a mãe na sala e o outro menino encontra a sua tartaruga morta no quintal.
O que os seguintes personagens dos dois textos possuem de semelhante e de diferente?
Meninos:
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Mães:
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4- Reescreva o trecho a seguir, substituindo os termos grifados por outra expressão, evitando assim, a repetição de palavras.
O menino ficava infernizando a minha gata. E quando a minha gata dava um belo arranhão na cara dele, o menino abria o maior berreiro, como se a minha gata tivesse culpa.
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5- Leia o trecho abaixo:
O pai fez tudo para animar o menino. Mas quando o menino descobriu que a tartaruguinha estava viva e que não haveria funeral, ficou uma fera.
Como ficaria o mesmo trecho se o narrador fosse o pai ? Reescreva-o fazendo as alterações necessárias.
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6- Complete os espaços com os verbos entre parênteses no Pretérito (Passado).
Cada filhote de vira-lata ___________________ (estar) à venda por R$ 20,00, numa rua do Centro, na semana passada. Uma tentativa que o dono __________________ (encontrar) de arranjar algum dinheiro após meses de desemprego. 










E.M. ____________________________________________________________________
Nome_____________________________________ Data  __________________
Atividade de Língua Portuguesa                                
TEXTO COMPLEMENTAR
Texto 1
O melhor amigo
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado,
arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se
voltasse para vê-lo, deu uma corridinha na direção de seu quarto.
— Meu filho? – gritou ela.
— O que é? – respondeu com ar mais natural que lhe foi possível.
— Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido,
tentou ganhar tempo.
— Eu? Nada...
— Está sim. Você entrou carregando alguma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar  – o jeito era procurar comovê-la. Veio
caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando.
— Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
— Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
— Achei na rua. Tão bonitinho, não é mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
— Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
— Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
— Ah, mamãe... – já compondo uma cara de choro.
— Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui
em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto,
emburrado: a gente também não tem nenhum direito nesta casa  – pensava. Um dia faço um
estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira!
— Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou, lá do quarto.
— Dez minutos! – repetiu ela, com firmeza.
— Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho. Também, de hoje em diante eu não
estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
— Veremos...  – limitou-se a mãe, de novo distraída com a costura.
Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com
seu novo amigo, e depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:— Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
— Ah, mamãe, deixa!  – choramingou ainda.  — Meu melhor amigo, não tenho mais
ninguém nesta vida.
— E eu? Que bobagem é essa, você não tem a sua mãe?
— Mãe e cachorro são coisas diferentes.
— Deixa de conversa: obedece a sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos
nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa
coisa toda...
Meia hora depois, o menino voltava da rua, radiante:
— Pronto, mamãe!
E lhe exibia uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido o melhor amigo por trinta
reais.
— Eu devia ter pedido cinqüenta, tenho certeza de que ele daria, murmurou.
Fernando Sabino
Em sua opinião esse texto poderia ser um Relato Pessoal?
(     ) SIM                                   (     ) NÃO
Explique
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1- Leia:
O menino, desde o início, já sabia que a mãe não iria gostar nem um pouquinho do
que ele estava trazendo para casa.
Reescreva um trecho do texto que confirme a afirmação acima.
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2- Encontre no texto e escreva aqui  dois argumentos utilizados pelo menino para tentar
convencer a mãe a ficar com o cachorro.
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3- O menino saiu com um olhar de vingança... Nesse momento, o que você achou que fosse
acontecer?
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4- Em  sua opinião, o filhote era, realmente,  o melhor amigo do menino? Explique a sua
resposta.
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5- O texto termina sem nenhuma fala da mãe a respeito do desfecho da história.
Escreva abaixo um último diálogo entre mãe e filho, da forma como você imagina que ele
ocorreria.
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6- Reescreva o trecho abaixo, passando-o para o tempo Presente.
―A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou
um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para
vê-lo, deu uma corridinha na direção de seu quarto.‖
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7- Faça um X nas palavras que apresentam grafia errada. Depois, reescreva-as nas linhas
abaixo, de forma correta.
(      ) distânsia                     (      ) cauteloso                          (      ) enxotado
(      ) corida                          (      ) ezaminar                          (      ) desconssolado
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9- Grife no trecho abaixo os erros ortográficos de encontrar.
―O menino berrol, batel a porta do quarto e ficol com muita raiva porque a mãe não o atendel.‖
Agora, reescreva o mesmo trecho da maneira correta.
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